Segundo dados do Ministério da Saúde, a TPM atinge mais de 70% das mulheres brasileiras, ou seja, nem todas as mulheres sofrem com o transtorno, mas sua grande maioria sim.
TPM é a abreviação de “Tensão Pré-Menstrual”, que também é conhecida como “Síndrome Pré-Menstrual” (SPM). Essa fase se caracteriza pelo conjunto de sensações que ocorrem cerca de 10 dias antes do início do ciclo menstrual.
Porém, a TPM não atinge da mesma forma e com a mesma intensidade todas as mulheres. Algumas sentem poucos sintomas e por alguns dias, enquanto outras sofrem durante todo o período.
O que poucas mulheres sabem é que existe um estágio ainda mais grave, a ponto de incapacitar a mulher de realizar suas tarefas do dia a dia e dificultar muito o seu convívio social. Esse transtorno é conhecido como TDPM.
No blog de hoje vamos falar um pouco sobre as diferenças entre os dois casos e ajudar você, não só a identificar qual dos dois tipos você sofre, mas também qual o tratamento ideal para amenizar os seus sintomas.
TDPM
O TDPM, Transtorno Disfórico Pré-Menstrual, afeta de 3% a 8% das mulheres entre 25 e 35 anos e se caracteriza pela recorrência de sintomas comportamentais como ansiedade, labilidade afetiva, sintomas depressivos, irritabilidade, distúrbios de apetite e de sono.
Tanto a TPM, quanto o TDPM se iniciam e terminam no mesmo período, porém a intensidade dos sintomas é bastante diferente. Enquanto a TPM afeta mais o lado físico, os sintomas da TDPM atuam mais no campo psíquico, sendo os mais graves associados às alterações de humor e de comportamento social, podendo afetar o âmbito dos relacionamentos, tanto familiar, como profissional.
Contudo, a principal diferença entre os dois casos são os sintomas e sua intensidade. Na TPM temos sintomas, como: cólicas, inchaço, dores de cabeça, nas mamas, fome em excesso, acne, vontade de chorar, insônia, ansiedade. Os sintomas incomodam, mas não incapacitam.
Já na TDPM os sintomas são muito severos, a ponto de deixar a paciente incapacitada de exercer atividade, seja doméstica ou profissional. Alguns sintomas: depressão, melancolia, irritabilidade, desânimo, descontrole emocional, choro, ira, distúrbio de apetite e insônia.
Diagnóstico
Diagnosticar o TDPM não é fácil, afinal existem muitos fatores para avaliar e não há exames laboratoriais para isso. A análise é feita através de uma anamnese onde a paciente relata seus sintomas mais importantes. Eles devem estar presentes durante a maioria dos ciclos menstruais no último ano e devem ser severos ao ponto de impactar negativamente na vida da paciente.
Tratamento
O tratamento varia de mulher para mulher, dependendo da severidade dos sintomas. Alguns procedimentos são bem conhecidos entre as recomendações médicas básicas para se manter uma vida equilibrada: realizar atividade física regularmente, ter uma alimentação saudável e evitar situações de estresse. Porém, em casos mais graves, pode ser indicado o uso de contraceptivos hormonais e de antidepressivos de baixa dosagem, que tem mostrado ótimos resultados terapêuticos.
Esperamos que esse conteúdo tenha lhe ajudado a entender um pouco mais sobre a TDPM e seus sintomas. Caso você tenha se identificado com as informações ou se sua TPM dificulta seu bem-estar e atividades diárias, consulte o seu ginecologista. Ele indicará o melhor tratamento para o seu corpo, te ajudando a passar por essa fase sem perder a qualidade de vida.