Com foco em conscientização, separamos cinco das disfunções ginecológicas mais comuns nas mulheres. Aqui você entenderá as causas, sintomas, prevenções e tratamentos.
É importante lembrar que a consulta ao ginecologista é fundamental para uma vida saudável e deve ser feita pelo menos uma vez ao ano. Estar com as consultas e exames em dia é a melhor maneira de prevenir eventuais problemas ginecológicos e manter o funcionamento dos órgãos genitais e sistema reprodutivo.
1. Corrimento Vaginal
O corrimento vaginal é um problema que incomoda as mulheres ao longo da vida e representa uma das principais causas de consultas ginecológicas.
Porém, é importante ressaltar que nem todo fluxo genital implica em uma doença e nem toda doença é infecciosa.
As mulheres possuem uma secreção vaginal fisiológica que pode variar de intensidade de acordo com influências hormonais (fase do ciclo menstrual, uso de hormônios, gravidez), orgânicas (excitação sexual) e psicológicas.
Quando o equilíbrio entre estes fatores é alterado, ocorrem processos inflamatórios e infecciosos, que são chamados de “vulvovaginites” ou corrimento vaginal como sugere o Ministério da Saúde. Esse corrimento geralmente se caracteriza por aumento do fluxo vaginal associado a prurido (coceira) vulvovaginal, dor ou ardor ao urinar e sensação de desconforto pélvico. Entretanto, muitas infecções genitais podem ocorrer sem nenhum sintoma.
As três principais causas de corrimento vaginal e que representam 95% dos casos são: vaginose bacteriana, candidíase vulvovaginal e a tricomoníase.
Portanto, se houver qualquer mudança na cor, cheiro, ou irritação na região vaginal, consulte seu ginecologista. Esses sintomas podem estar associados a algum tipo de infecção.
2. Ressecamento Vaginal
O ressecamento vaginal ocorre quando existe um prejuízo na produção de lubrificação adequada para um conforto íntimo. A principal causa é a redução da produção do hormônio estrogênio, que prejudica a lubrificação natural da vagina e pode acontecer com mulheres de qualquer idade, porém é mais frequente na menopausa.
Outros fatores que podem levar ao ressecamento:
– Alterações Hormonais;
– Uso de medicamentos;
– Alergias;
– Excesso de ansiedade;
– Falta de estimulação.
O ressecamento também está presente durante o pós-parto (onde o estrogênio está afetado) e durante o tratamento de câncer (como o de mama).
A melhor forma de acabar com a secura vaginal é realizando uma avaliação com seu ginecologista. Assim, ele identificará a causa do problema e iniciará o tratamento adequado para o seu caso.
3. Candidíase
A candidíase vaginal é uma infecção que pode causar coceira, corrimento e irritação na região da vagina, desencadeada principalmente pelo fungo Candida Albicans.
Esse fungo normalmente vive no organismo, em locais como boca, vagina e pele. Porém, quando ocorre um desequilíbrio na flora vaginal, o microrganismo se multiplica e desencadeia a infecção.
Você sabia que 75% das mulheres têm a candidíase pelo menos uma vez na vida?
Algumas medidas simples podem ser recomendadas para o tratamento:
– Usar de preferência roupas íntimas de algodão;
– Evitar o uso prolongado de roupas molhadas ou muito apertadas;
– Realizar a higiene da região íntima com sabonetes de pH neutro;
– Usar preservativo para evitar a contaminação entre parceiros.
Além dessas medidas, na maioria dos casos podem ser prescritos pelo médico, o uso de antimicóticos (antifúngicos) em comprimido e de cremes de uso tópico.
4. Sangramento fora do período menstrual
O sangramento fora do período menstrual pode acontecer naturalmente com a mudança de anticoncepcional ou após exames ginecológicos, não sendo necessário tratamento. Porém, na maioria dos casos, o sangramento corresponde ao spotting, conhecido como “escape”, que é um pequeno sangramento que pode ocorrer entre os ciclos menstruais e curar cerca de dois dias.
As principais causas do sangramento fora do período menstrual são:
– Gravidez;
– Pré-Menopausa;
– Estresse;
– Pólipos uterinos;
– Síndrome do ovário policístico;
– Problemas na tireoide;
– Infecções.
Além disso, outras situações podem provocar sangramento fora do período menstrual ou sangramento de escape excessivo, como por exemplo a gravidez ectópica e o câncer de útero.
Como nos demais casos, o indicado é agendar uma consulta com seu ginecologista, que poderá fazer exames de diagnóstico, como papanicolau, ultrassonografia ou colposcopia para avaliar o sistema reprodutor da mulher e identificar se existe algum problema causando o sangramento, iniciando o tratamento adequado.
5. Infecção urinária ou Cistite
Cistite e infecção urinária, apesar de terem sintomas muito parecidos, não são a mesma doença. Enquanto a cistite é uma inflamação da bexiga que pode se tornar uma infecção, a infecção urinária abrange todo o trato urinário, dos rins à uretra.
Por ter a uretra mais curta e mais próxima do ânus que os homens, as mulheres são mais propensas a sofrerem com ambas doenças. Ainda mais, quando sexualmente ativas ou após a menopausa.
Por isso, hábitos preventivos como: utilizar o papel higiênico sempre de frente para trás, tomar bastante água, não segurar urina por muito tempo, ter hábitos regulares de higiene e evitar roupas muito apertadas precisam fazer parte do dia a dia das mulheres.
Os sintomas geralmente incluem:
– Desejo forte e persistente de urinar;
– Sensação de queimação (ardência) ao urinar;
– Urinar em pequenas quantidades e frequentemente;
– Sangue na urina (hematúria);
– Urina turva ou com cheiro forte;
– Desconforto na região pélvica;
– Sensação de pressão no abdômen inferior;
– Febre baixa, inferior a 38 ºC (mais do que isso pode significar uma pielonefrite, situação grave em que as bactérias atingiram os rins).
Vá ao hospital imediatamente sentir esses sintomas:
– Febre e calafrios;
– Dor nas costas;
– Náuseas e vômito;
– Micção urgente, frequente ou dolorosa;
– Sangue na urina.
Se os sintomas voltarem após um tratamento para cistite ou infecção urinária, também contate o médio. Você pode precisar de um tipo diferente de medicamento.
Esperamos que essas informações ajudem você a estar preparada para possíveis disfunções ginecológicas. Mas lembre-se de sempre consultar um especialista.